Secularmente estas são terras de camponeses, pescadores e
apanhadores de marisco… Agora, chegam turistas, curiosos visitantes, foragidos
ao stress, surfistas… Mas a vida segue. Impávida, serena, como se quer. Os
Alentejanos do Sudoeste, habitantes da Costa Vicentina convidativa ao descanso
nos campos forrados de flores até às falésias, a pique sobre o mar em revolta
sabem, mesmo sem darem por isso que, por aqui, o “Algarve” ainda está muito
longe, e as mega-urbanizações e as auto-estradas são ainda projectos que não
passaram do plano de papel. Estão degradados, a maioria dos acessos que
conduzem a praias onde por enquanto ainda só é possível chegar de jipe, ou com
muito espírito aventureiro, por entre cabeços cobertos de estevas agressivas. Mas
a cada praia, mais ou menos recôndita que se avista, a sensação é
impressionante e o ar, carregado de iodo, chega a arder quando se respira
fundo. Cheira a descoberta, cheira a liberdade.
Fonte:Texto Pedro Cativelos
Fonte:Texto Pedro Cativelos
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